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Doença nem sempre manda sinais perceptíveis ao paciente, por isso a prevenção é a melhor forma de cuidado da condição que mais mata no país
O infarto agudo do miocárdio é a maior causa de mortes no Brasil. A estimativa é que ocorram de 300 a 400 mil casos anuais da doença e, a cada cinco a sete casos, um dos pacientes vai a óbito. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência é fundamental nos primeiros minutos após a ocorrência.
Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), o cardiologista Roberto Botelho explica que, em muitas das vezes, o infarto surge sem que haja sintomas. "Em muitos casos, o infarto acontece sem aviso prévio. Cerca de metade das mortes acontece nas duas primeiras horas, porque esse momento é crucial: a cada meia hora de atraso no tratamento adequado, o risco de morte aumenta em 7%".
Para Botelho, a solução para diminuir esses índices seria a criação, pelo poder público, de uma rede de atenção ao infarto. "Isso já acontece nos principais países desenvolvidos. É um mapeamento de todos os hospitais que estão habilitados a atender aos infartos. Assim, poderíamos organizar as ambulâncias do SAMU para que elas saibam aonde devem ir. Este é um procedimento essencial, já que o tempo é um fator tão importante na ocorrência de um infarto."
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"Trabalho com isso há quase 35 anos. Quando eu era estudante e tinha um caso de infarto em uma pessoa jovem, todos eram chamados, porque era algo muito raro. Hoje isso é muito comum. Essa mudança está associada a fatores como o tabagismo, o consumo de energizantes, o uso de anabolizantes, estresse. Além disso, tivemos o fenômeno da pandemia, que envolve questões sociais, psicológicas, desemprego, isolamento, o vírus, ter tido a doença e também efeitos da vacina, já que estes dois últimos fatores estimulam a coagulação e causam o infarto por síndrome pós-trombótica."
Os números mostram: é essencial conhecer os sintomas, ainda que nem tão comuns, do infarto.
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Botelho afirma que, mais do que estar atento aos sintomas, é essencial cuidar de fatores de risco, como tabagismo, diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo e estresse psicossocial.
Por outro lado, cuidados como atividades físicas regulares, uma boa alimentação e sono adequado são grandes aliados na prevenção do infarto. "Costumamos falar em risco atribuível: 85% do risco de infarto pode ser controlado com exercícios, dieta, descanso, parar de fumar e ter um controle da pressão arterial. Mesmo assim, na dúvida sobre o que você está sentindo, procure atendimento rapidamente", alerta.
Quer saber mais sobre essa condição clínica? Acesse nossa páginasobre infarto.
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ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde
CRM – 1426308 – AA – Saber da Saúde
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Grandes diferenças na incidência de casos entre as regiões Norte e Sul podem ser justificadas pela subnotificação. No barco-hospital Abaré, o cirurgião Marcelo Averbach realiza trabalho preventivo no Alto Amazonas.
O câncer colorretal ocupa o terceiro lugar entre os tumores malignos no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de cólon e reto em homens é o segundo mais incidente nas Regiões Sudeste (28,62/100 mil) e Centro-Oeste (15,40/100 mil). Na Região Sul (25,11/100 mil), é o terceiro tumor mais frequente e, nas Regiões Nordeste (8,91/100 mil) e Norte (5,43/100 mil), ocupa a quarta posição.
Para as mulheres, é o segundo mais frequente nas Regiões Sudeste (26,18/100 mil) e Sul (23,65/100 mil). Nas Regiões Centro-Oeste (15,24/100 mil), Nordeste (10,79/100 mil) e Norte (6,48/100 mil) é o terceiro mais incidente. Mas o que justifica uma incidência quase seis vezes maior no Sudeste do que no Norte? Em meio a rios, igarapés e a natureza exuberante da Amazônia, que já haviam encantado Henry Ford nos anos 1920, o médico paulistano Marcelo Averbach procurava entender a questão que o deixava intrigado.
Em parceria com a Boston Scientific e a prefeitura de Belterra, partiu no barco hospital Abaré e deu início ao projeto "Quem Procura, Cura". Ao conversar com um líder comunitário de Aramanaí, um distrito de Belterra, no Pará, encontrou a resposta: nós moramos no paraíso, só nos faltam cuidados de saúde.
O esforço conjunto do médico, do governo e da empresa trouxe o atendimento que as populações ribeirinhas à beira do Rio Tapajós precisavam. Com os investimentos em comunicação, o projeto conquistou um índice de aderência de 96%. "Foram mais de 4 mil exames e o que descobrimos foi um contexto de subnotificação. O estado do Pará tem a pior relação médico-paciente e a pior distribuição de médicos do País. O número de casos não é tão baixo quanto se imaginava. Por causa da falta de infraestrutura, esses pacientes não eram diagnosticados", explica.
Formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e membro do Corpo Docente da Residência Médica em Endoscopia do Hospital Sírio Libanês, Marcelo participou, entre 2014 e 2017, de 19 expedições. Além de levar atendimento médico a populações desassistidas e contribuir para o rastreamento do câncer colorretal, as ações tiveram um viés de ensino, com a presença de estudantes nas equipes e resultados publicados na revista Endoscopy. "O trabalho também foi premiado no Congresso Médico Universitário da USP e foi a base da minha tese de livre-docência", relembra.
Mais de uma década a serviço das populações desassistidas O projeto " Quem Procura, Cura" foi um marco nas atividades de voluntariado de Marcelo, embora não tenha sido sua primeira experiência em regiões remotas.
Em 2009, junto ao colega Fábio Tozzi, embarcou pela primeira vez no Abaré. Em 2010, novamente no Amazonas, conheceu a aldeia indígena Zoé e, com uma pequena estrutura de hospital de campanha, que recebeu materiais e equipamentos para funcionar como centro cirúrgico, realizou cinco cirurgias de vesícula. Ao retornar, juntou-se aos Expedicionários da Saúde em Campinas (SP) e passou a atuar em áreas indígenas, conhecendo os yanomamis que vivem próximos à Venezuela e os Tukanos, no alto do Rio Negro. A expedição durou até 2014, quando se uniu ao "Quem Procura, Cura''.
Os bons resultados acadêmicos e profissionais do projeto, somados ao sentimento gratificante de atender quem mais precisa, em regiões remotas do Brasil, trouxeram uma inquietação. Qual seria o próximo passo? As ideias foram amadurecendo e, ao lembrar da população isolada, com adornos nos lábios e um nome inspirador, o novo projeto foi batizado. Há dois anos, nascia a organização não-governamental (ONG) Zoé, que significa "nós mesmos" no ramo do tupi-guarani falado naquela região.
Hoje com 12 voluntários, a ONG acabou envolvendo toda a família Averbach: a esposa Beatriz, dermatologista, estará na próxima expedição, assim como os dois filhos: Plínio, que é diretor-executivo da ONG, e Pedro, também cirurgião. No total, a equipe pretende realizar 10 expedições até o fim de 2022. "Para mim, é muito gratificante levar assistência a essa população e eu acabo contagiando as pessoas próximas. É uma roda viva e eu sempre quero fazer mais."
Preparando-se para a sexta jornada no Alto Amazonas, Marcelo reflete sobre como o estilo de vida urbano se propaga e contribui para o aumento dos casos na região, mas também como o acesso à informação pode ajudar a controlar a doença. "O câncer colorretal é uma soma de fatores genéticos e maus hábitos, como tabagismo, alcoolismo, consumo de embutidos e enlatados, além de fatores ambientais. Com a campanha, convencer a população de Belterra a realizar os exames não foi um problema.
A colonoscopia e a endoscopia são vistas com mais naturalidade hoje e, com o diagnóstico precoce, o prognóstico é cada vez melhor. A colostomia, por exemplo, tornou-se uma exceção e, quando necessária, costuma ser temporária. Nossos esforços, seja em São Paulo ou em Belterra, são para devolver esse paciente à vida normal", conclui.
Saúde Urológica
Conheça as alternativas para a cirurgia aberta no tratamento da hiperplasia prostática benigna
Conhecida popularmente como “próstata aumentada”, a hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição que pode causar desconforto e problemas como dificuldade para urinar, infecções e cálculos renais. Porém, isso não é motivo para pânico, já que há diversos tipos de tratamentos, incluindo os minimamente invasivos.
Os exames de detecção precoce do câncer de próstata, como dosagem de PSA e toque retal, permitem identificar o surgimento da HPB, facilitando seu diagnóstico. O histórico familiar também deve ser levado em conta, bem como obesidade e condições crônicas, como diabetes e doenças cardíacas.
A primeira abordagem de tratamento, e também a mais comum, é a medicamentosa. Envolve o uso de alfa-adrenérgicos, que relaxam músculos da próstata e da bexiga e melhoram o fluxo de urina.
Porém, quando os medicamentos não provocam a resposta esperada ou causam efeitos adversos, pode ser o caso de uma cirurgia. “Próstata” e “cirurgia” são duas palavras que assombram o imaginário masculino quando aparecem na mesma frase, mas há técnicas minimamente invasivas que não apenas afastam consideravelmente os riscos de impotência sexual ou incontinência urinária, como também devolvem ao paciente sua qualidade de vida.
Na verdade, essas técnicas podem até mesmo trazer benefícios à vida sexual, já que um estudo recente demonstrou que 86% dos homens que passam pelo procedimento relatam satisfação sexual igual ou melhorada após procedimentos do tipo.
Conheça agora as principais técnicas minimamente invasivas para tratamento da hiperplasia prostática benigna:
Terapia a laser
É uma das técnicas mais eficazes. “Ela pode ser aplicada em virtualmente todos os pacientes que têm indicação de tratamento cirúrgico da hiperplasia prostática, desde que tenham condições de saúde que permitam que sejam anestesiados”, explica o urologista Daniel de Morais Perpetuo, Chefe do Setor de Cirurgia Minimamente Invasiva do Hospital Federal dos Servidores do Estado – RJ.
O procedimento é relativamente simples: o laser aquece e vaporiza rapidamente o tecido que bloqueia a próstata, restaurando o fluxo natural de urina sem efeitos adversos. O paciente geralmente volta para casa no mesmo dia em que o procedimento é realizado. Em poucos casos, é recomendada a internação por uma noite. “Como é uma cirurgia com controle muito eficaz do sangramento, pode inclusive ser feita em pacientes que usam anticoagulantes ou com distúrbios de coagulação”, afirma o urologista.
Enucleação prostática
Indicada quando o volume prostático do paciente é elevado. Em alguns casos, pode até mesmo substituir a indicação por uma cirurgia aberta, mas é realizada apenas em centros especializados.
A enucleação se vale de um aparelho de endoscopia que passa pela uretra e atinge a próstata e a bexiga, usando um laser pulsátil para cortar, vaporizar e coagular os tecidos durante a cirurgia.
Cirurgia laparoscópica assistida por robótica
O cirurgião opera um robô que permite a visualização dos órgãos em 3D, dando a ele mais precisão e permitindo movimentos mais delicados. São feitos de 3 a 5 cortes de cerca de 0,5cm na região abdominal, por onde são inseridas uma câmera extremamente fina e delicadas pinças cirúrgicas.
As incisões, reconstruções e resseções são feitas pelo cirurgião, que comanda o robô em uma sala separada. É uma técnica com várias salvaguardas e mecanismos de proteção, inclusive contra eventual erro humano, e que oferece um tratamento bastante seguro da HPB.
Terapias ambulatoriais
“As chamadas terapias ambulatoriais têm esse nome por não demandarem internação e, diferentemente da terapia a laser, não há retirada do tecido prostático”, explica o especialista. Essas terapias ainda estão sob avaliação de durabilidade e da necessidade de realizar um re-tratamento após alguns anos, mas já são oferecidas em alguns centros em caráter experimental.
Entre as terapias do tipo, Perpetuo destaca o Urolift (uma espécie de “grampeamento” da próstata, por meio de pequenos implantes que levantam e fixam a glândula longe da passagem da urina), o Rezum (que injeta vapor em distintos pontos da próstata para reduzir seu tamanho) e o iTind (que insere temporariamente um remodelador prostático no canal da uretra para abrir o canal da próstata).
ALERTA: A lei restringe a venda desses dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. Indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na rotulagem do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins de INFORMAÇÃO e podem não ser aprovados ou vendidos em determinados países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.
- ALERTA 2: Os resultados de estudos de caso não são necessariamente preditivos de resultados em outros casos. Os resultados em outros casos podem variar.
Este material é apenas para fins informativos e não se destina a diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda enfaticamente que você consulte seu médico sobre todos os assuntos relacionados à sua saúde.
URO –1531704 – Saber da Saúde - AA
Histórias
Depois de ter que tratar a doença em condições de emergência, Raquel da Silva Souza leva uma vida normal e mais saudável
Tudo pode mudar da noite para o dia, literalmente, quando o assunto é saúde. E a supervisora Raquel descobriu isso cedo, aos 26 anos. Na época, ela acreditava que as dores que vinha sentindo na perna estavam ligadas à rotina do seu trabalho em um call center.
Era uma quarta-feira de maio de 2021 quando Raquel notou que, além de dolorida, sua perna esquerda também estava inchada. Como vinha fazendo nas últimas semanas, decidiu ignorar os sintomas e dormir. "Quando acordei e fui levantar, já senti um incômodo na perna. Logo percebi que não conseguiria pisar por causa das fortes dores e informei que não iria ao trabalho naquele dia", explica.
Ela pensava que o agendamento de emergência para a consulta no clínico geral a levaria ao diagnóstico de uma possível distensão no quadril ou algum tipo de mau jeito. O médico pediu exames de imagem com urgência e a alertou sobre a possibilidade de uma trombose.
"Fiz o exame no mesmo dia e quando o médico viu, estava totalmente alarmado. Ele me disse: 'corre para o hospital porque a sua veia está completamente tomada, você não deveria nem estar andando'. Se eu tivesse demorado mais um dia para procurar ajuda médica, acredito que não teria sobrevivido", relembra.
Ao ser direcionada para o hospital, Raquel foi internada na emergência cardiovascular, recebeu o tratamento adequado e passou por novos exames, que identificaram um trombo na perna, na altura da virilha, trombos espalhados por todo o corpo e embolia nos dois pulmões.
"Com todos os exames, eles descobriram que eu já tinha uma condição que dificulta a circulação sanguínea, dois tipos de trombofilia e que eu até já tinha tido covid e não sabia".
Cirurgia e mudança de vida
A internação, que deveria levar de três a quatro dias, precisou ser prolongada, porque Raquel teria de passar por uma cirurgia para retirar o trombo que obstruía a veia na altura da virilha. Depois de alguns problemas com o plano de saúde, a cirurgia foi liberada e a supervisora foi operada no 24º dia no hospital.
"Assim que cheguei ao hospital, fiquei três dias completos na cama, sem poder sentar ou levantar nem mesmo para ir ao banheiro. Fui tratada, comecei a melhorar e, depois, fui liberada no dia seguinte da retirada do trombo - com um furinho bem pequeno, sem cicatriz e a perna desinchada".
De lá para cá, Raquel leva uma vida normal e sem sequelas. Em pouco tempo, pôde voltar à academia e ao trabalho, mas deixou de lado o uso de pílulas anticoncepcionais, que são fatores de risco para a trombose. Agora, toma dois medicamentos ao dia, um para a circulação e outro com função anticoagulante. Além do uso rotineiro das meias de compressão, ela faz acompanhamento periódico com o cirurgião vascular e com o hematologista. "Se eu pudesse dar uma dica, é de que as pessoas precisam se cuidar. Não ignorem as dores ou sinais que o seu corpo dá, porque ele nos avisa que algo está acontecendo", finaliza.
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