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Tudo o que você precisa saber sobre a Estimulação Cerebral Profunda

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A Estimulação Cerebral Profunda é um procedimento cirúrgico desenvolvido para ajudar a controlar os sintomas motores do Parkinson, ao mesmo tempo em que pode permitir a redução dos medicamentos. Para que a Estimulação Cerebral Profunda seja eficaz, o dispositivo deve ser implantado antes que os medicamentos comecem a perder o efeito. 

Com uma intervenção no período correto, a cirurgia pode ajudar na redução dos tremores, no aumento da mobilidade e, em muitos casos, o médico poderá até mesmo reduzir a dose de seu medicamento.

Um sistema de Estimulação Cerebral Profunda tem três partes - um estimulador que fornece pulsos elétricos suaves para eletrodos colocados na região motora de seu cérebro e uma extensão que conecta os dois.

O procedimento tem riscos, como qualquer cirurgia, mas não é novo. Há mais de 25 anos os estudos clínicos e experiências de pacientes testaram a segurança e a eficácia do tratamento. Hoje, centenas de milhares de pacientes com Parkinson são tratados desta forma. 

Avalie com seu médico se você é um candidato para a cirurgia. Se for, você passará por uma triagem que inclui: consulta neurológica, testes On/Off, avaliação neuropsicológica, checagem geral de saúde, geração de imagens do cérebro por meio de tomografia e exames laboratoriais de rotina. 

Durante e após a cirurgia de implante de eletrodos

A primeira etapa do processo cirúrgico consiste em colocar os eletrodos no cérebro. Durante a cirurgia, o médico pode realizar testes para garantir que os eletrodos estejam posicionados corretamente, solicitando que você mova os braços e as pernas ou faça outros movimentos simples. Depois disso, espera-se que você fique no hospital por pelo menos uma noite, para monitoramento.

Implante do estimulador 

Este também é um procedimento cirúrgico que normalmente ocorre no mesmo dia ou entre uma e duas semanas após o implante dos eletrodos. Quando o estimulador for implantado, você estará sob anestesia geral e o estimulador será conectado aos seus eletrodos por meio da extensão.

Programação e otimização 

Após sua cirurgia e recuperação, seu sistema de Estimulação Cerebral Profunda será ligado e as configurações de estimulação serão personalizadas para você. Nos meses seguintes ao implante do seu dispositivo, você trabalhará em conjunto com sua equipe de tratamento para realizar ajustes nas configurações de estimulação e em seus medicamentos para ajudar a controlar melhor os sintomas. Os sistemas recarregáveis duram pelo menos 15 anos e, os não-recarregáveis, de 3 a 5 anos. 

Quando o dispositivo for ligado, você poderá sentir uma sensação de formigamento. Isso ajuda a identificar suas configurações ideais. Depois disso, a maioria dos pacientes quase não percebe o dispositivo, embora alguns sintam um leve formigamento no braço ou na perna, ou uma leve tensão nos músculos faciais, que diminui com o tempo. 

O dispositivo é silencioso e os fios colocados sob a pele são quase imperceptíveis do lado de fora. Os implantes podem ser utilizados mesmo por quem já tem um marcapasso e não impedem suas atividades rotineiras, embora demandem algumas adaptações. 

Para viajar, por exemplo, é recomendável levar documentos que o identifiquem como portador do sistema de Estimulação Cerebral Profunda, já que podem ativar alarmes de detectores de metal. Além disso, máquinas de raios-X e outros dispositivos de segurança podem causar estimulação não-intencional. Em casa, fique atento aos aparelhos com ímãs, que podem ligar ou desligar seu dispositivo, e, quando for usar o celular, não coloque o aparelho diretamente em cima do dispositivo. Seu médico também indicará as atividades que você deve evitar após a cirurgia.

Agora que você se informou sobre tudo o que você precisa saber sobre a estimulação cerebral profunda, aproveite e acesse demais conteúdos sobre Sistema Nervoso

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A desinformação não pode ser um obstáculo para o acesso à saúde. Acreditamos que com informação confiável, pacientes e redes de apoio podem tomar decisões com mais agilidade, obtendo diagnósticos mais cedo e buscando tratamentos cada vez mais eficazes, oferecendo suporte mais adequado para as condições de cada paciente.

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A variedade de apresentações clínicas e a sobreposição de sintomas com outras condições neurológicas ainda são desafios na hora do diagnóstico

Existem muitos e diferentes tipos de distonia, mas, em comum a todas elas, está o fato de o diagnóstico ser sempre clínico1. Por essa razão, pode acontecer de ocorrer uma dificuldade na hora de comprovar o quadro. Há casos de distonias focais que costumam ser diagnosticadas já na primeira avaliação, sem necessidade de exames complementares mais complexos, enquanto outras formas da doença exigem um estudo mais aprofundado rumo a um diagnóstico preciso.

Além disso, alguns tipos de distonia podem ter início gradual e progredir ao longo do tempo, tornando a identificação precoce mais difícil. Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, explica que o processo de diagnóstico da distonia muitas vezes envolve a exclusão de outras condições neurológicas que podem apresentar sintomas semelhantes. “Para tal, é importante ouvir e compreender bem as queixas de cada paciente e realizar um exame físico neurológico completo dentro do consultório”, resume.

Ainda podem ser necessários exames de imagem, como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para descartar lesões cerebrais ou outras anormalidades. “A realização de testes genéticos e o monitoramento de sintomas para entender a evolução da doença também são ferramentas importantes, que contribuem para o diagnóstico e tratamento adequados”, complementa.

Isso porque a melhor forma de tratamento depende muito do tipo específico de distonia, como explica o neurocirurgião. “O plano de tratamento é personalizado e, muitas vezes, conta com uma equipe multidisciplinar composta por vários profissionais da saúde, como neurologistas, neurocirurgiões, neurofisiologistas e neuropsicólogos, sempre com o foco em restabelecer a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados.”

No entanto, o mais importante é que o paciente chegue ao médico especialista, que neste caso é o neurologista especialista em distúrbios do movimento. “Esses profissionais têm o conhecimento necessário para diagnosticar a condição mais precocemente e propor as melhores formas de tratamento. Quando existe a necessidade de tratamento cirúrgico, o neurologista encaminha o paciente para a avaliação de um neurocirurgião”, finaliza Mendes.

Quer saber mais sobre a doença? Descubra os 5 mitos que ainda existem sobre a distonia.

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ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

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Doença de Parkinson e Tremor Essencial: reconheça as diferenças

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Os sintomas, algumas vezes parecidos, fazem com que muitos confundam essas duas doenças. E, mesmo desconhecido, o Tremor Essencial supera os casos de Parkinson

Embora possam apresentar sintomas semelhantes, como os tremores, é preciso deixar claro que a doença de Parkinson e o Tremor Essencial são condições neurológicas bastante diferentes. Enquanto a doença de Parkinson é causada pela degeneração progressiva das células nervosas produtoras de dopamina na substância negra do cérebro, o Tremor Essencial é um distúrbio neurológico do movimento 1, com alto componente genético.

“Na doença de Parkinson, além do tremor, os pacientes podem apresentar sintomas como rigidez muscular, bradicinesia [movimentos lentos], instabilidade postural e outros sintomas como diminuição do olfato, distúrbios do sono e piora cognitiva [demência]”, explica Felipe Mendes, neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e médico pioneiro na técnica cirúrgica de aneurisma com paciente acordado em Minas Gerais.

Já o Tremor Essencial é caracterizado por tremores rítmicos, involuntários e oscilatórios, que geralmente afetam as mãos, mas podem ocorrer em outras partes do corpo. O especialista resume: “Ao contrário do Parkinson, os pacientes com Tremor Essencial não apresentam outros sintomas motores significativos.”

Saiba mais sobre a diferenças entre os tremores

Doença de Parkinson Tremor essencial Doença de Parkinson Tremor essencial

A progressão da doença é muito variável e desigual entre os pacientes.

O início dos tremores é desencadeado por atividades específicas, como segurar objetos ou realizar movimentos finos e pode começar em qualquer idade, sendo mais comum em adultos mais velhos.

Frequentemente chamado de "tremor de repouso", surge quando a pessoa não está fazendo atividades e diminui durante o movimento.

Os tremores podem piorar em situações em que as pessoas se sintam mais nervosas e ansiosas e, curiosamente, podem diminuir durante o consumo de bebidas alcoólicas.

 

E o tratamento, pode ser igual?

Em partes sim. Mendes descreve que, no Parkinson, o tratamento inicialmente envolve medicamentos para aumentar os níveis de dopamina, além de reabilitação com fisioterapia e terapia ocupacional. Em casos selecionados, a Estimulação Cerebral Profunda, também conhecida como DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) também é indicada.

O Tremor Essencial, por sua vez, é inicialmente tratado com medicamentos como os beta-bloqueadores, além de terapias ocupacionais e comportamentais. “Porém, quando não há melhora ou os sintomas são incapacitantes, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) também surge como uma boa opção de tratamento”, finaliza.

Quer saber mais sobre a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) e como ela pode transformar a qualidade de vida de pacientes? Clique aqui e confira todos os detalhes!

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5 mitos que ainda existem sobre a distonia

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Essa condição neurológica costuma provocar dores e espasmos que atrapalham a vida do paciente. Mas a falta de informação é igualmente perigosa

A distonia é uma doença complexa e pode se apresentar de diferentes formas para cada paciente. Em comum, está o fato de ainda existirem muitos mitos envolvidos, atrapalhando o bom entendimento para a busca do tratamento adequado.

Com a ajuda de Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, desvendamos os principais deles:

1. Distonia é sempre igual

Não é verdade. A distonia é um distúrbio neurológico do movimento muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias, afetando desde crianças pequenas a adultos mais velhos. A causa exata da distonia ainda não é conhecida, mas a suspeita é de que haja um funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos.

A distonia pode ser classificada levando em consideração fatores como idade de início dos sintomas, áreas do corpo afetadas e a causa subjacente. Um exemplo é a distonia focal, limitada a uma área específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico), os olhos (blefaroespasmo), a mandíbula, a boca e a face interior (distonia oromandibular), as cordas vocais (distonia laríngea), e os braços e pernas (distonia de membro).

2. Pouco ainda se sabe sobre esse quadro

A ciência já sabe que existem diferentes causas para a distonia, que podem ser genéticas ou até não ter uma causa aparente e muito bem definida, sendo nesse caso chamada de distonia primária ou idiopática. Um outro exemplo é a discinesia tardia, relacionada a alguns tipos de medicamentos, causando geralmente movimentos anormais nos olhos e na boca. Além disso, existem outros tipos de distonias secundárias, associadas a várias condições ou doenças, tais como tumores cerebrais, Doença de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

3. Distonia tem cura

Não tem. E o tratamento geralmente é focado em aliviar os sintomas, uma vez que a cura completa não é possível. As opções podem incluir medicamentos para aliviar os espasmos, fisioterapia para melhorar a função e reduzir a gravidade dos sintomas, terapia ocupacional, que auxilia no gerenciamento das atividades diárias, e suspensão de medicamentos que possam contribuir com a piora da distonia. Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS, sigla em inglês para Deep Brain Stimulation) pode ser considerada uma boa opção.

4. Pais com a doença não passam para seus filhos

Infelizmente, isso não é verdade, já que alguns tipos de distonia podem ter uma predisposição genética importante. A distonia hereditária é associada a mutações genéticas específicas que podem ser transmitidas de geração em geração. A boa notícia é que esse grupo de pacientes tem uma resposta excelente ao DBS.

5. Quem tem distonia não pode trabalhar

Nem sempre, já que o impacto da doença na capacidade de trabalho pode variar de caso para caso. Em alguns pacientes, a condição pode causar limitações físicas significativas, que afetam o desempenho das atividades no dia a dia. Em outros, o paciente consegue realizar suas tarefas com o suporte adequado, como ajustes no ambiente de serviço e algumas outras adaptações. A causa da distonia, a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento influenciam diretamente na capacidade de realizar as atividades do cotidiano, sejam no ambiente domiciliar ou no corporativo.

Quer saber mais sobre a doença? Entenda como é feito o diagnóstico e tratamento da distonia.

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