Se você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com Parkinson ou está procurando informações sobre prevenção, aqui está uma visão geral dos fatores de risco e diagnósticos disponíveis.
A Doença de Parkinson foi descoberta há mais de 200 anos e é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, ficando atrás da Doença de Alzheimer. Sua causa ainda é desconhecida: apenas 15% dos casos têm histórico familiar. Por isso, a maioria dos cientistas acredita que seja causada por uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais. 1
De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com a doença e, no mundo, são cerca de 4 milhões de casos. Com a estimativa de que 1% da população acima de 65 anos tenha Parkinson e com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, os casos devem dobrar no Brasil até 2040.
O Parkinson é um distúrbio do movimento progressivo (avança com o tempo) e degenerativo, já que causa um declínio contínuo das células produtoras de dopamina na região encefálica conhecida como substância negra. Com a redução da dopamina, que ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, o paciente vai perdendo a capacidade de controlar ou iniciar o movimento. 1
Entre os sintomas motores que podem tornar as atividades da vida cotidiana desafiadoras estão: tremor, movimentos lentos, rigidez, instabilidade postural, passos aleatórios e problemas de dicção. E, mesmo que a doença de Parkinson seja um transtorno do movimento, os sintomas não motores podem ter um impacto muito grande na qualidade de vida, entre eles: diminuição do olfato, depressão ou problemas de humor, dor, insônia, disfunção da bexiga ou do intestino e fadiga.1
O diagnóstico é clínico e geralmente é feito após o paciente procurar um neurologista com sintomas iniciais, como: movimentos mais lentos, tremores nas extremidades das mãos e diminuição do tamanho das letras ao escrever. Se necessário, o médico poderá também indicar exames como a SPECT-Scan (tomografia por emissão de fóton único), para verificar a quantidade de dopamina no cérebro. 1
Se você foi diagnosticado com a Doença de Parkinson, seus médicos discutirão as opções de tratamento disponíveis para você. Embora não tenha cura, os sintomas podem ser controlados, melhorando sua qualidade de vida.
MedicamentosO plano de medicação ideal varia de pessoa para pessoa, e seu médico pode ajudá-lo a encontrar o medicamento - ou combinação de medicamentos - certo para lhe dar o máximo de alívio com o mínimo de efeitos colaterais. Com o tempo, à medida que os medicamentos se tornam menos eficazes, as doses podem ser aumentadas e novos medicamentos podem ser adicionados.
Atividades físicasEmbora as atividades físicas não possam tratar a doença de Parkinson, um estudo clínico com 10.000 pacientes demonstrou que aqueles que se exercitavam pelo menos duas horas e meia por semana, incluindo exercícios de força, flexibilidade e aeróbicos, conseguiram aumentar sua qualidade de vida.1
CirurgiaQuando os medicamentos começam a perder o efeito, a cirurgia pode ser indicada. Os dois procedimentos mais comuns são as cirurgias ablativas, como a palidotomia e a talamotomia, que usam a aplicação direcionada de calor para destruir o tecido neural que causa os sintomas do Parkinson; e a implantação de uma espécie de marcapasso no cérebro, causando a chamada Estimulação Cerebral Profunda. Converse com seu médico se perceber que seus medicamentos não funcionam até o final da dose; ou você tem que começar a tomar a medicação com mais frequência, ou sua medicação começa a causar discinesia aumentada (movimentos musculares involuntários e descontrolados). Este é o momento ideal para fazer a Estimulação Cerebral Profunda. Quando os medicamentos param de funcionar completamente, você não é mais um candidato para esse tipo de procedimento1.
Diversas organizações no Brasil podem ajudar você, seu familiar ou seu cuidador a entender e controlar a doença de Parkinson. Conte com elas para saber mais, trocar experiências e obter suporte, seja para o paciente ou para a família.
Associação Brasil Parkinson:
https://www.parkinson.org.br/
Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde:
https://bvsms.saude.gov.br/11-4-dia-mundial-de-conscientizacao-da-doenca-de-p arkinson-avancar-melhorar-educar-colaborar/
Academia Brasileira de Neurologia:
https://www.abneuro.org.br/
Parkinson Foundation (conteúdo em inglês):
https://www.parkinson.org/
EDPA - European Parkinson's Disease (conteúdo em inglês):
https://www.epda.eu.com/
American Parkinson Disease Association (conteúdo em inglês):
https://www.apdaparkinson.org/
Michael J. Fox Foundation (conteúdo em inglês):
https://www.michaeljfox.org/
Assista também à nossa live e tire suas dúvidas: Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento.
https://www.youtube.com/watch?v=kBlXt215Fss
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