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Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

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Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

Do fim do século passado para as décadas atuais, a ciência investiu muito em estudos de substâncias para combater o excesso de peso. Cada vez mais tecnológicas, elas agem no corpo com eficácia e segurança

Nem sempre a obesidade foi vista como uma doença complexa e alarmante. Há quatro décadas, por exemplo, a estatística de obesos não era uma questão de saúde pública e a indústria farmacêutica apostava nas anfetaminas para driblar o sobrepeso.

“A primeira aprovação de um medicamento para obesidade aconteceu nos Estados Unidos, em 1933. Chamava-se dinitrofenol, que atualmente é proibido. Aliás, a maioria dos medicamentos aprovados nas décadas seguintes foram descontinuados em grande parte dos países do mundo, em geral por eventos adversos cardiovasculares. No Brasil, em 1997, começou a ser usada a anfepramona que, com o femproporex e o mazindol, tiveram seus registros cancelados na Anvisa em 2011”, comenta a endocrinologista Simone Van de Sande Lee, diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Naquela época, as indicações eram semelhantes às atuais: os medicamentos eram coadjuvantes da perda de peso, mas provocavam efeitos colaterais preocupantes, como taquicardia, insônia, irritabilidade e aumento do risco de infarto e AVC. “Os efeitos colaterais, entretanto, não foram o motivo de eles terem sido suspensos.

Para um medicamento ser aprovado para determinada indicação, os benefícios devem ser maiores do que os riscos naquele grupo de pessoas”, explica a médica. “No caso dos medicamentos que tiveram seus registros cancelados no Brasil, o motivo foi a ausência de estudos atualizados de eficácia e segurança. Atualmente, as exigências das agências regulatórias são mais rigorosas, e não havia estudos dos medicamentos mais antigos que alcançassem os padrões pedidos.”

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Pesquisas rigorosas

Atualmente, estudos realizados em um grande número de pessoas e por tempo prolongado provam que os medicamentos mais Pesquisas rigorosas

modernos para o tratamento da obesidade têm um melhor perfil de eficácia e segurança. “Na maioria das vezes, os efeitos colaterais são leves a moderados e não há necessidade de interromper o tratamento. São fármacos que não aumentam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e, para alguns pacientes, podem até diminuir o risco de elas surgirem”, explica Simone.

Outra questão que envolve o uso de medicamentos é a durabilidade do resultado. Os estudiosos são unânimes em afirmar que nenhum medicamento “cura” a obesidade. “Ela é uma doença crônica, que precisa de tratamento contínuo, assim como o diabetes e a hipertensão, por exemplo. Se o uso do medicamento for interrompido, a tendência é a recuperação do peso“, fala a médica, lembrando que a automedicação é perigosa e pode colocar a saúde do paciente em risco, ou seja, qualquer terapia para emagrecer deve ser acompanhada por um especialista.

As substâncias aprovadas no Brasil para o tratamento da obesidade são a sibutramina, o orlistate, a liraglutida, a associação naltrexona+bupropiona e a semaglutida. Mas, vale lembrar: sem uma mudança de estilo de vida, que envolva a adoção de uma dieta saudável e atividade física regular, os ponteiros da balança podem sempre ficar desequilibrados e faltar qualidade de vida.

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Transtornos alimentares e obesidade

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

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Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

As conhecidas e procuradas substâncias para tratar obesidade nem sempre são recomendadas para as crianças. Apenas algumas drogas são liberadas para uso pediátrico e devem ter supervisão médica estrita

Se o aumento da população adulta obesa vem chamando a atenção de especialistas do mundo todo, quando as estatísticas indicam a quantidade de crianças e adolescentes acima do peso, a situação torna-se ainda mais alarmante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) e a Organização Mundial da Saúde consideram a obesidade infantil uma doença crônica e um dos mais complexos problemas de saúde pública mundial, pois excesso peso, mesmo em crianças, leva ao surgimento de comorbidades crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares1.

É comum, quando falamos em doença, não importa qual, associarmos seu tratamento ao uso de remédios. E algumas drogas têm alta eficácia no combate da obesidade, mas, no caso da obesidade infantil, elas são indicadas?

“O tratamento da obesidade nas crianças abrange uma mudança intensiva do estilo de vida, incluindo nutrição e atividade física, e deve ter acompanhamento frequente, presencial, familiar e multidisciplinar. É importante que as intervenções comecem cedo, porque a obesidade infantil não tende a se resolver espontaneamente, pelo contrário. Uma criança acima do peso tem alto risco de se tornar um adulto obeso e desenvolver complicações precocemente”, comenta Simone Van de Sande Lee, endocrinologista e diretora do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

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Medicamentos para obesidade são indicados para crianças?

Alguns dos medicamentos, como a liraglutida e a semaglutida, aprovados para o tratamento da obesidade, só são recomendados a partir dos 12 anos de idade. “São as mesmas substâncias utilizadas pelos adultos e elas estão indicadas para o paciente pediátrico, quando o peso corporal fica acima de 60 kg. Elas devem ser prescritas como adjuvantes às modificações de estilo de vida, quando essas medidas isoladamente não são suficientes”, explica a médica, lembrando que o orlistate, outra substância bastante conhecida para combater a enfermidade, foi estudado para ser usado por adolescentes a partir dos 12 anos e é aprovado nos Estados Unidos para essa faixa etária, mas, no Brasil, é liberado apenas para os adultos.

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, a escolha pela terapia medicamentosa deve considerar, além do Índice de Massa Corporal (IMC) e o gráfico de crescimento, a gravidade do problema e a presença de complicações associadas2. Os resultados também precisam ser planejados: o especialista deve prever metas de perda de peso e os benefícios para saúde que deseja alcançar.

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A prevenção ainda é o melhor tratamento

Sabe-se que a obesidade tem múltiplas causas: a genética, o ambiente e determinados fatores emocionais influenciam o peso das crianças e dos adolescentes. Se os quilos extras da população infantil têm feito estudiosos se debruçarem sobre esse problema a fim de impedir que as estatísticas de obesos continuem aumentando, os pediatras são unânimes em lembrar da importância da prevenção.

No programa Pediatria para famílias, da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica Mara Alves, do departamento científico de Nutrologia da SBP, afirma que a alimentação saudável deve ser implementada desde a primeira infância.

“É importante entender o conceito de alimentação saudável. Ela é baseada em alimentos in natura ou minimamente processados. Os alimentos ultraprocessados devem ser de uso muito esporádico. Vale a máxima “desempacotar menos, descascar mais””, orienta a estudiosa3. Além disso, o sedentarismo também está na mira. As telas (TV, smartphones e videogames) devem ocupar, no máximo, duas horas do dia da criança, e as brincadeiras (melhor ainda se forem perto da natureza) estão liberadas. A conta é fácil: quanto mais brincar e melhor se alimentar, mais a criança será saudável, livre da obesidade.

Quer saber mais sobre obesidade na infância e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Crianças obesas, um problema de saúde pública

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

1 SOCIEDADE Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação – Obesidade na Infância e Adolescência. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde.

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

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Obesidade na infância: um problema de saude pública

Lancheiras recheadas de alimentos ultraprocessados e refeições feitas na frente de telas e às pressas são alguns dos fatores que têm provocado a obesidade infantil. Rever essas práticas é fundamental para combater a doença considerada uma epidemia mundial

A obesidade não acomete apenas os adultos. Assim como eles têm sofrido consequências na saúde física e mental por causa da doença, muitas vezes, prejudicando seu desempenho social e levando a transtornos como ansiedade e depressão, as crianças vivem a mesma situação preocupante. Não à toa, a obesidade infantil é um problema de saúde pública.

O Atlas Mundial da Obesidade estima que, em 2030, o Brasil ocupará a 5ª. posição no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes obesos, e, se não forem cuidados, eles terão apenas 2% de chance de reverter a situação1.

“O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-20192), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) com até 5 anos estão em uma zona de risco de sobrepeso”, complementa o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Estatísticas alarmantes

Os dados não mostram apenas um retrato da população infantil no país; mais do que isso, eles revelam que as crianças estão se alimentando mal. É preciso entender por que isso está acontecendo, a relação delas com as refeições e empregar estratégias para reverter esse quadro.

“Assim como ocorre com os adultos, a obesidade nas crianças e nos adolescentes envolve aspectos biológicos, familiares, sociais, econômicos e emocionais”, comenta Appolinário, lembrando que eles correm os mesmos riscos de desenvolverem doenças cardíacas e metabólicas que os adultos. “A obesidade infantil ainda tem efeito na saúde mental e pode desencadear ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo, provocando vergonha, culpa e baixa autoestima”, detalha o especialista.

É no período da infância e da adolescência que construímos a nossa autoimagem e as ideias que temos sobre nós mesmos, os outros e o mundo ao redor3. Segundo o psiquiatra do Gota, quando esses aspectos estão em jogo, qualquer influência negativa, como estigmatização e bullying, pode impactar em como as crianças e os adolescentes se veem e se sentem, prejudicar o rendimento escolar e favorecer a exclusão social, propiciando o sentimento de fracasso e inferioridade.

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Abordagem abrangente

A obesidade infantil e sua relação com a saúde mental não é uma questão isolada, requer uma abordagem integrada que considere tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Rever os hábitos e as opções alimentares é o primeiro passo para enfrentar a enfermidade, mas os familiares e responsáveis devem se conscientizar de que as crianças precisam de tratamento médico multidisciplinar.

“O apoio psicológico de um especialista ajuda a compreender os fatores desencadeantes de estresse, raiva, tristeza e angústia e ensina os pequenos a lidarem com esses sentimentos, sem “descontá-los” muitas vezes na comida. O suporte emocional da família é essencial para eles ganharem confiança, autonomia e segurança. A combinação de alimentação equilibrada, com pratos recheados de opções saudáveis (longe dos ultraprocessados), com apoio especializado e afeto é o caminho para não deixar que os números mostrem uma população infantil cada vez mais doente”, finaliza o médico.

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Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

ambulim.ipq@hc.fm.usp.br

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

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Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 Ministério da Saúde. Atlas da Obesidade Infantil no Brasil, 2019. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/dados_atlas_obesidade.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

2 Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2021/12/Relatorio-5_ENANI- 2019_Alimentacao-InfantiL.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

3 PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 17 .ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFUBSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2024 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

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Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

Quando o ato de se alimentar provoca angústia, medo de engordar ou leva ao sobrepeso, não é saudável. Pelo contrário, pode indicar um transtorno alimentar que precisa de cuidado e atenção médica

Não há quem não se preocupe com o peso equilibrado e a aparência saudável. Entretanto, quando esse cuidado é exagerado e provoca distorções da autoimagem, pode ser caracterizado como um transtorno alimentar.

Bulimia nervosa, anorexia nervosa e compulsão alimentar são doenças que alertam especialistas no mundo todo, pois impactam a saúde física e mental dos indivíduos. “Os transtornos alimentares tendem a ser condições persistentes, acompanhadas de sequelas físicas e psicossociais, e os quadros mais graves são de difícil recuperação e, algumas vezes, levam ao óbito”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem com algum transtorno alimentar e a população jovem é a mais acometida: cerca de 10% dos jovens são diagnosticados com alguma dessas enfermidades1. No mundo, são 70 milhões de pessoas neste grupo2.

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Um desequilíbrio delicado

“Os transtornos alimentares (TAs) são caracterizados pelo comprometimento persistente da alimentação ou do comportamento alimentar que resulta no consumo alterado de alimentos, prejudicando a saúde física e psicossocial do indivíduo. Além dessa mudança, ainda é possível perceber outras manifestações nesses pacientes, como alterações na percepção da imagem corporal e problemas com a autoestima”, explica Appolinário. Os TAs mais conhecidos são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar:

  • Anorexia nervosa (AN): os pacientes com esse distúrbio apresentam baixo peso corporal, restrição alimentar, medo de engordar, supervalorização de seu peso e/ou forma e distúrbio da imagem corporal.
  • Bulimia nervosa (BN): nesse quadro, além do medo de engordar e de uma autopercepção do corpo distorcida, há a presença de episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso, como vômitos autoinduzidos e jejum, além de uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma do corpo ou pelo peso.
  • Compulsão alimentar (TCA): quem sofre com essa síndrome apresenta episódios de compulsão alimentar, nos quais uma grande quantidade de alimentos é ingerida, mas não há os comportamentos compensatórios inadequados para controle do peso observados na bulimia nervosa. Esses pacientes, que tendem a apresentar obesidade e sobrepeso, após se alimentarem sem controle, costumam se sentir ansiosos, constrangidos e culpados.

Obesidade, o outro prato da balança

Embora seja uma doença crônica, progressiva e tida como epidemia global pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade não é considerada um transtorno alimentar, apesar de alguns obesos apresentarem algum tipo de TA associado. Essa enfermidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal provocado pela alta ingestão de calorias (mais do que necessitamos para realizar as tarefas rotineiras, como comer, andar, trabalhar, praticar atividades físicas e até dormir) por meio da alimentação.

Se os pacientes com anorexia e bulimia sofrem com o medo de engordar – e esses distúrbios têm como fatores de risco a predisposição genética para transtornos psiquiátricos e traços de personalidade, como perfeccionismo e introversão, além da influência de fatores sociais como a imposição de determinado padrão de beleza3 – os obesos sofrem com o peso extra, cujas causas são genéticas e ambientais. “A hereditariedade pode influenciar no sobrepeso, mas, hoje em dia, o sedentarismo e a adoção de uma alimentação rica em ultraprocessados, com alto índice de gorduras e açúcares, são causas que têm provocado o aumento de casos de obesidade”, comenta o especialista.

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O tratamento é indispensável

Nem sempre é fácil procurar ajuda quando algum transtorno alimentar ou a obesidade está instalada. Não raro, pacientes e familiares demoram para perceber a gravidade do problema e que precisam de ajuda médica, normalmente de uma equipe multidisciplinar, pois acreditam que podem cuidar dessas enfermidades sozinhos; negam a gravidade da patologia; e têm dificuldade de identificar os sintomas, que podem ser confundidos com os de outros doenças, como anemia, estresse, depressão etc.

Entretanto, segundo Appolinário, os TAs, bem como a obesidade, precisam ser acompanhados de perto por profissionais especializados, com apoio médico, nutricional e psicológico. “São condições que podem comprometer vários aspectos da vida do paciente, provocando ainda outras doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e de personalidade. Por isso, aos primeiros sinais de que algo não vai bem, vale a pena procurar ajuda”, finaliza.

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Serviço

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GOTA

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Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 SAIBA mais sobre os transtornos alimentares. Associação Brasileira de Psiquiatria. Disponível em: https://www.abp.org.br/post/saiba-mais-sobre-os-transtornos-alimentares Acesso em: 2 out. 2023.

2 MAIS de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/mais-de- 70-milhoes-de-pessoas-no-mundo-possuem-algum-disturbio- alimentar#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20Associa%C3%A7%C3%A3o,bulimia%2C%20compul s%C3%A3o%20alimentar%20e%20outros. Acesso em: 2 out. 2023.

3 MORGANA, Christina M.; VECCHIATTIA, Ilka R.; NEGRÃO, André B. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Revista Brasileira de Psiquiatria, n. 24, supl. III, p. 18-23, dez. 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700005. Acesso em: 2 out.2023.

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