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Câncer dos Ductos Biliares

Ouvir texto - 7:24

Colangiocarcinoma: o nome do câncer dos ductos biliares logo assusta. Pouco divulgado, é um tipo raro da doença, mas, quando diagnosticado, pode ser agressivo e fatal. Conheça os sintomas, os fatores de risco e os tratamentos para esse tipo de câncer.

O que é o colangiocarcinoma (câncer biliar)?
Quais são suas principais características?

Não é comum conhecer alguém que tenha um câncer dos ductos biliares, também conhecido como colangiocarcinoma. No Brasil, não há números oficiais sobre a doença e estima-se que, nos países ocidentais, sua incidência alcance até dois casos para cada 100 mil habitantes.¹ Globalmente, responde por 10% dos cânceres de fígado primários, enquanto os hepatocarcinomas respondem por 90% dos tumores e os carcinomas hepáticos, de variante fibrolamelar aparecem ainda mais raramente.²

Por sua natureza agressiva, silenciosa e resistente à quimioterapia, 2% de todas as mortes por câncer no mundo estão relacionadas a este tipo de tumor.³

Para entender o colangiocarcinoma, é preciso conhecer a função dos ductos biliares. Esses pequenos canais são responsáveis por transportar a bile (líquido produzido pelo fígado para auxiliar na digestão) dentro do próprio fígado e por levá-la para a vesícula biliar e dali para o intestino delgado.

Os ductos biliares são como uma rede: as finas estruturas tubulares nascem dentro do fígado, se ligam e dão origem a dois canais mais largos, o ducto hepático direito e o esquerdo. Já essas vias juntam-se novamente e formam o ducto hepático comum, que alcança o exterior do fígado. O colangiocarcinoma é caracterizado de acordo com sua localização nesta formação dos ductos.

Intra-hepático: comete os ductos biliares dentro do fígado e muitas vezes é classificado como um tipo de câncer de fígado;

Perihilar: ocorre nos ductos fora do fígado. O tipo mais recorrente é o tumor de Klatskin, que acomete a região onde os ductos direito e esquerdo se encontram, originando o ducto hepático comum.

Distal: acomete a porção do ducto biliar que fica mais próxima do intestino delgado e também é chamado de colangiocarcinoma extra-hepático.

Quais são os sintomas do câncer dos ductos biliares?

Situado dentro dos ductos biliares, esse tumor obstrui a passagem da bile, provocando um acúmulo de bilirrubina (pigmento da bile) no corpo e, consequentemente, icterícia, a coloração amarelada da pele e das mucosas. Esse sintoma logo chama a atenção dos especialistas, mas não é o único.

Febre, urina com a cor acastanhada (colúria), vômito, perda de peso, fezes esbranquiçadas (acolia fecal), dor abdominal, coceira pelo corpo e perda de peso são sinais que precisam ser investigados. Algumas pessoas ainda têm sensação de cansaço e sentem uma massa desconfortável na região do abdômen.

Os sintomas demoram a aparecer e por isso o prognóstico é ruim: a sobrevida após 5 anos é de 7 a 20% e a recorrência dos tumores é alta.⁴

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O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

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O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

A avaliação da disseminação da doença, chamada de estadiamento, vai de 1 a 4 e classifica tanto a extensão como o tipo de tumor. Saber disso é fundamental para o tratamento

Todo tumor que apresenta um crescimento anormal de células é denominado neoplasia. Daí, para que esse achado se transforme em um câncer e assuma seu potencial maligno, é preciso que essas novas células atinjam a capacidade de invadir o tecido onde surgiram e se espalhem pelo corpo, em um mecanismo denominado metástase1.

“Uma vez diagnosticado o câncer por meio da biópsia, também é possível analisar o grau de sua disseminação pelos vasos sanguíneos e linfáticos. O próximo passo, então, é realizar o estadiamento desse tumor maligno, por meio de uma avaliação completa do corpo do paciente para avaliar a real extensão do acometimento do câncer”, explica Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo.

É importante esclarecer que cada tipo de câncer tem sua forma natural de estadiar, ou seja, de se disseminar, mas no caso específico do câncer colorretal (também chamado de câncer de intestino), esse processo se concentra nos linfonodos [as chamadas ínguas, que ficam próximas de onde surgiu o tumor] e órgãos como fígado e pulmão, principalmente. “Por essa razão, realizamos exames de imagem, como tomografias, com certa frequência, para avaliar o abdômen completo e a pelve, além do pulmão”, detalha o médico.

Saiba mais:

O que é mito e o que é verdade sobre o câncer colorretal?
5 fatores que dificultam o diagnóstico e tratamento do câncer

Conheça cada estágio do câncer colorretal?

A partir dessas avaliações o câncer colorretal pode ser dividido em quatro estágios ou estádios2 . São eles:

  • Estágio 1 Essa primeira classificação é dada a uma lesão local e pequena, que não invadiu todas as camadas do cólon (intestino grosso) ou outro local onde ela surgiu.
  • Estágio 2: A lesão ainda é localizada, mas com maior profundidade de invasão na parede do intestino.
  • Estágio 3: A lesão saiu de seu local inicial e já acomete os linfonodos da região intestinal.
  • Estágio 4: Nessa fase, são localizadas lesões distantes do tumor original, normalmente atingindo fígado, pulmão ou peritônio, a membrana que envolve os órgãos.

Um ponto preocupante é que, embora os diagnósticos atualmente sejam feitos de forma mais precoce, a descoberta do câncer em estágios mais avançados ainda é predominante - especialmente em pacientes mais jovens. “O que estamos observando é pessoas entre 20 e 49 anos recebendo o diagnóstico com a doença mais avançada, em estágios 3 ou até 4, quando o risco de recidiva [de o câncer voltar] ou de óbito é maior. Daí a importância do rastreio e do exame de colonoscopia sempre que notar algo diferente”, alerta Donadio.

Quer saber mais sobre câncer colorretal?

Clique aqui para acessar nossa página sobre Março Azul – Campanha de conscientização sobre o câncer colorretal – e confira informações importantes sobre a doença, formas de prevenção, tratamentos e apoio. Sua conscientização faz toda a diferença. Vamos lutar juntos contra o câncer colorretal!

1 O que é câncer? Instituto Nacional de Câncer (INCA).

2 Prognóstico para câncer colorretal Tumores do trato gastrointestinal. Manual MSD Versão para profissionais de Saúde.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

ATENÇÃO III: Somente para fins informativos. O conteúdo deste artigo/publicação é de responsabilidade exclusiva de seu autor/editor e não representa a opinião da BSC.
ENDO = 1822602 – AA – Saber da Saúde

Um tumor silencioso: o que é e como detectar o câncer de fígado

Outras Condições

Um tumor silencioso: o que é e como detectar o câncer de fígado

A perda de peso, a ascite e a icterícia são sintomas da doença ou indicam outros problemas hepáticos?

Localizado no lado direito do abdome superior, escondido pelas costelas, está o fígado: o maior órgão sólido do corpo humano. Além do tamanho, sua grandeza está em seu papel para o bom funcionamento do organismo.

Graças ao fígado, nutrientes como carboidratos e gorduras são sintetizados, armazenados corretamente e viram energia para ser gasta pelo corpo. Outra ação importante - e mais conhecida - é a fabricação da bile e de certos componentes do sangue - tais como fatores de coagulação, além, claro, de colaborar para a eliminação correta de fármacos ou substâncias tóxicas ingeridas1.

Por tudo isso, o diagnóstico de câncer de fígado é bastante assustador.

Por que o câncer de fígado surge?

Assim como em outros tipos de tumor, o câncer de fígado ocorre quando suas células sofrem mutações na parte do DNA que controla justamente o crescimento e a divisão celular. “Estas mutações podem fazer com que as células se dividam de maneira descontrolada e formem uma massa de tecido (um tumor). Dentre os vários tipos de tumores que acometem o fígado, o Carcinoma Hepatocelular (CHC) surge especificamente dos hepatócitos ,a principal célula desse órgão”, explica Felipe José Fernández Coimbra, cirurgião oncológico, professor High Continuum Education e Head do Núcleo de Tumores Gastrointestinais do A.C. Camargo Cancer Center.

No caso relatado, o câncer de fígado é primário. Mas ele também, pode se desenvolver como resultado de metástases de câncer oriundas de outros órgãos, o que é conhecido como câncer de fígado secundário ou metastático.

Como detectar o câncer de fígado?

Normalmente, o diagnóstico é feito a partir de uma combinação de exames físicos, de sangue e de imagem. “Uma das ferramentas é o exame de sangue que avalia os níveis da alfafetoproteína (AFP), uma proteína que frequentemente se eleva na presença do câncer de fígado. Mas, chamo atenção para o fato de que isso acontece não apenas neste tipo de tumor, pois a AFP pode aumentar até em situações benignas”, pondera Coimbra.

Já exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são usados para visualizar o fígado e identificar quaisquer massas suspeitas. Há casos em que uma biópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico, o que implica a retirada de uma pequena amostra de tecido para exame ao microscópio.

Tem ou não tem sintoma?

O médico ressalta que o câncer de fígado, especialmente nos estágios iniciais, muitas vezes não apresenta sintomas específicos que indicam uma investigação diagnóstica. Isso porque tais sinais, quando existentes, podem ser vagos e facilmente confundidos com outras condições de saúde.

Ainda assim, os sintomas iniciais e gerais do câncer de fígado podem incluir2:

  • Perda de apetite ou sensação de saciedade precoce.
  • Perda de peso inexplicada.
  • Fadiga e fraqueza.
  • Dor abdominal ou desconforto do lado direito, onde está localizado o fígado.
  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).
  • Inchaço do abdome (ascite).
  • Fezes de cor clara e urina escura.
  • Náuseas e vômitos.

“Qualquer pessoa que experimente esses sintomas deve procurar atendimento médico imediato para uma avaliação adequada. A detecção precoce e o tratamento oportuno do câncer de fígado podem melhorar significativamente os resultados e a qualidade de vida dos pacientes”, deixa claro Coimbra.

Outras doenças com sintomas parecidos

Como os sintomas iniciais e gerais do câncer de fígado são inespecíficos, podem se confundir com várias outras condições clínicas. Entre elas, o especialista destaca:

1. Condições gastrointestinais: Gastrite, úlcera péptica, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e síndrome do intestino irritável (SII) são algumas das doenças que também provocam sintomas como perda de apetite, náuseas, vômitos e desconforto abdominal.

2. Doença hepática alcoólica ou doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA): Essas condições específicas podem causar dor no lado direito superior do abdome, perda de apetite e fadiga, por exemplo.

3. Hepatites: Hepatites virais, como as do tipo B e C, podem causar sintomas semelhantes ao de um tumor e ainda aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de fígado.

4. Doenças metabólicas ou nutricionais: Desnutrição ou doenças metabólicas são outros quadros que levam à perda de peso e fadiga, o que pode confundir o diagnóstico.

5. Quadros biliares: A icterícia, uma manifestação que provoca o amarelamento da pele e dos olhos, também pode ser um sintoma de problemas na vesícula biliar ou nos ductos biliares, como cálculos biliares ou colangite.

6. Doenças sistêmicas: Por fim, o hipotireoidismo é outra condição que pode apresentar sintomas como fadiga e ganho de peso inexplicado.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de fígado e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

1 Estrutura e função do fígado. Manual MSD - Versão para Profissionais de Saúde. Acesso em junho de 2023.

2 Tipos de câncer: fígado. AC Camargo. Acesso em junho de 2023.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU- BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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PI = 1631708 – AA – Saber da Saúde

Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

Outras Condições

Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

Quando o ato de se alimentar provoca angústia, medo de engordar ou leva ao sobrepeso, não é saudável. Pelo contrário, pode indicar um transtorno alimentar que precisa de cuidado e atenção médica

Não há quem não se preocupe com o peso equilibrado e a aparência saudável. Entretanto, quando esse cuidado é exagerado e provoca distorções da autoimagem, pode ser caracterizado como um transtorno alimentar.

Bulimia nervosa, anorexia nervosa e compulsão alimentar são doenças que alertam especialistas no mundo todo, pois impactam a saúde física e mental dos indivíduos. “Os transtornos alimentares tendem a ser condições persistentes, acompanhadas de sequelas físicas e psicossociais, e os quadros mais graves são de difícil recuperação e, algumas vezes, levam ao óbito”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem com algum transtorno alimentar e a população jovem é a mais acometida: cerca de 10% dos jovens são diagnosticados com alguma dessas enfermidades1. No mundo, são 70 milhões de pessoas neste grupo2.

Veja também:

O impacto da obesidade na saúde mental
Crianças obesas, um problema de saúde pública
Medicamentos para obesidade e infância, o limite da faixa etária e da prescrição

Um desequilíbrio delicado

“Os transtornos alimentares (TAs) são caracterizados pelo comprometimento persistente da alimentação ou do comportamento alimentar que resulta no consumo alterado de alimentos, prejudicando a saúde física e psicossocial do indivíduo. Além dessa mudança, ainda é possível perceber outras manifestações nesses pacientes, como alterações na percepção da imagem corporal e problemas com a autoestima”, explica Appolinário. Os TAs mais conhecidos são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar:

  • Anorexia nervosa (AN): os pacientes com esse distúrbio apresentam baixo peso corporal, restrição alimentar, medo de engordar, supervalorização de seu peso e/ou forma e distúrbio da imagem corporal.
  • Bulimia nervosa (BN): nesse quadro, além do medo de engordar e de uma autopercepção do corpo distorcida, há a presença de episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso, como vômitos autoinduzidos e jejum, além de uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma do corpo ou pelo peso.
  • Compulsão alimentar (TCA): quem sofre com essa síndrome apresenta episódios de compulsão alimentar, nos quais uma grande quantidade de alimentos é ingerida, mas não há os comportamentos compensatórios inadequados para controle do peso observados na bulimia nervosa. Esses pacientes, que tendem a apresentar obesidade e sobrepeso, após se alimentarem sem controle, costumam se sentir ansiosos, constrangidos e culpados.

Obesidade, o outro prato da balança

Embora seja uma doença crônica, progressiva e tida como epidemia global pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade não é considerada um transtorno alimentar, apesar de alguns obesos apresentarem algum tipo de TA associado. Essa enfermidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal provocado pela alta ingestão de calorias (mais do que necessitamos para realizar as tarefas rotineiras, como comer, andar, trabalhar, praticar atividades físicas e até dormir) por meio da alimentação.

Se os pacientes com anorexia e bulimia sofrem com o medo de engordar – e esses distúrbios têm como fatores de risco a predisposição genética para transtornos psiquiátricos e traços de personalidade, como perfeccionismo e introversão, além da influência de fatores sociais como a imposição de determinado padrão de beleza3 – os obesos sofrem com o peso extra, cujas causas são genéticas e ambientais. “A hereditariedade pode influenciar no sobrepeso, mas, hoje em dia, o sedentarismo e a adoção de uma alimentação rica em ultraprocessados, com alto índice de gorduras e açúcares, são causas que têm provocado o aumento de casos de obesidade”, comenta o especialista.

Veja também:

O metabolismo na obesidade
Alimentação saudável e metabolismo ativo, uma dupla imbatível para driblar a obesidade

O tratamento é indispensável

Nem sempre é fácil procurar ajuda quando algum transtorno alimentar ou a obesidade está instalada. Não raro, pacientes e familiares demoram para perceber a gravidade do problema e que precisam de ajuda médica, normalmente de uma equipe multidisciplinar, pois acreditam que podem cuidar dessas enfermidades sozinhos; negam a gravidade da patologia; e têm dificuldade de identificar os sintomas, que podem ser confundidos com os de outros doenças, como anemia, estresse, depressão etc.

Entretanto, segundo Appolinário, os TAs, bem como a obesidade, precisam ser acompanhados de perto por profissionais especializados, com apoio médico, nutricional e psicológico. “São condições que podem comprometer vários aspectos da vida do paciente, provocando ainda outras doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e de personalidade. Por isso, aos primeiros sinais de que algo não vai bem, vale a pena procurar ajuda”, finaliza.

Veja também:

Canetas emagrecedoras, por que elas estão em alta
Quando os medicamentos são importantes para tratar a obesidade
Medicamentos para obesidade: a nova geração tem efeitos colaterais mais leves e garante melhores resultados

Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

[email protected]

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 SAIBA mais sobre os transtornos alimentares. Associação Brasileira de Psiquiatria. Disponível em: https://www.abp.org.br/post/saiba-mais-sobre-os-transtornos-alimentares Acesso em: 2 out. 2023.

2 MAIS de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/mais-de- 70-milhoes-de-pessoas-no-mundo-possuem-algum-disturbio- alimentar#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20Associa%C3%A7%C3%A3o,bulimia%2C%20compul s%C3%A3o%20alimentar%20e%20outros. Acesso em: 2 out. 2023.

3 MORGANA, Christina M.; VECCHIATTIA, Ilka R.; NEGRÃO, André B. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Revista Brasileira de Psiquiatria, n. 24, supl. III, p. 18-23, dez. 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700005. Acesso em: 2 out.2023.

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Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

Outras Condições

Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

A doença pode acarretar em diabetes, dor abdominal intensa e icterícia. Saiba agora como esses sintomas são manejados durante o tratamento

O fato de uma pessoa ter diabetes de longa data aparece na lista das prováveis causas para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Hoje, no entanto, o diabetes mellitus tem sido aventado mais como uma consequência desse tipo de neoplasia do que uma causa propriamente dita. “A visão mais recente indica que a resistência insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose sejam efetivas causas do câncer pancreático1”, conta Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Sendo assim, o tratamento do diabetes com o uso de insulina se soma a outras ações terapêuticas que precisam ser tomadas para lidar com as consequências do DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

crescimento de um tumor de pâncreas. Tudo para aumentar o conforto e a qualidade de vida deste paciente.

“Entre essas consequências está a icterícia causada pela obstrução das vias ou canais biliares, que pode ser manejada com drenagem, seja ela feita por meio de stents endoscópicos, por drenagens externas guiadas por imagem e até de forma cirúrgica, com derivação biliar”, cita o médico oncologista.

Já a dor abdominal, bastante comum em casos de neoplasia avançada, costuma ser causada por invasão nervosa do plexo celíaco (rede nervosa de parte do sistema digestório), que fica localizado muito próximo ao órgão, conta Lorandi. “Em casos selecionados, podemos lançar mão de procedimentos guiados por imagem, que "destroem" a capacidade desses nervos de transmitir dor”, finaliza.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

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Quais são os fatores de risco para o colangiocarcinoma?

Alguns fatores de risco contribuem para o surgimento do câncer das vias biliares: doenças que comprometem o bom funcionamento do fígado, como hepatite B e C, cirrose hepática e colangite esclerosante primária (inflamação dos ductos biliares), além de obesidade, síndrome metabólica, tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e diabetes. Normalmente, o colangiocarcinoma é diagnosticado em pessoas com idade entre 60 e 70 anos. Os mais velhos, no entanto, estão mais sujeitos a desenvolver cânceres do tipo extra-hepático.

Como é feito o diagnóstico do câncer
biliar?

Os especialistas começam a pesquisar a existência do câncer dos ductos biliares com exames de imagem, como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. Entretanto, para um diagnóstico preciso, também são indicadas a colangiografia por tomografia computadorizada e a colangiopancreatografia por ressonância magnética, com o objetivo de se visualizar melhor os ductos biliares.

Em alguns casos, os médicos ainda pedem uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, na qual são feitas radiografias dos ductos biliares para detectar anomalias. Além de registrar imagens da região, com esse exame também é possível coletar uma amostra do tecido. A análise da biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico. Mais recentemente, com o uso do sistema SpyGlass, os endoscopistas passaram a ter visualização direta dos tumores, com melhores possibilidades de análise sobre sua extensão e oportunidade de captura de tecidos para exames histopatológicos.

Situado dentro dos ductos biliares, esse tumor obstrui a passagem da bile, provocando um acúmulo de bilirrubina (pigmento da bile) no corpo e, consequentemente, icterícia, a coloração amarelada da pele e das mucosas. Esse sintoma logo chama a atenção dos especialistas, mas não é o único.

Febre, urina com a cor acastanhada (colúria), vômito, perda de peso, fezes esbranquiçadas (acolia fecal), dor abdominal, coceira pelo corpo e perda de peso são sinais que precisam ser investigados. Algumas pessoas ainda têm sensação de cansaço e sentem uma massa desconfortável na região do abdômen.

Os sintomas demoram a aparecer e por isso o prognóstico é ruim: a sobrevida após 5 anos é de 7 a 20% e a recorrência dos tumores é alta.⁴

Alguns fatores de risco contribuem para o surgimento do câncer das vias biliares: doenças que comprometem o bom funcionamento do fígado, como hepatite B e C, cirrose hepática e colangite esclerosante primária (inflamação dos ductos biliares), além de obesidade, síndrome metabólica, tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e diabetes. Normalmente, o colangiocarcinoma é diagnosticado em pessoas com idade entre 60 e 70 anos. Os mais velhos, no entanto, estão mais sujeitos a desenvolver cânceres do tipo extra-hepático.

Os especialistas começam a pesquisar a existência do câncer dos ductos biliares com exames de imagem, como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. Entretanto, para um diagnóstico preciso, também são indicadas a colangiografia por tomografia computadorizada e a colangiopancreatografia por ressonância magnética, com o objetivo de se visualizar melhor os ductos biliares.

Em alguns casos, os médicos ainda pedem uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, na qual são feitas radiografias dos ductos biliares para detectar anomalias. Além de registrar imagens da região, com esse exame também é possível coletar uma amostra do tecido. A análise da biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico. Mais recentemente, com o uso do sistema SpyGlass, os endoscopistas passaram a ter visualização direta dos tumores, com melhores possibilidades de análise sobre sua extensão e oportunidade de captura de tecidos para exames histopatológicos.

O uso de stents é comum nos pacientes diagnosticados com essa enfermidade: os tubos são inseridos nos ductos obstruídos, durante a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica permitindo que a bile volte a fluir. Esse procedimento alivia a coceira no corpo, o desconforto e a dor abdominal, mas não elimina as células cancerígenas.

Dependendo do estágio da doença e das condições físicas do paciente, pode ser feita uma cirurgia para retirada do tumor. A região onde ele está localizado determina como será a ressecção. Normalmente, retira-se parte do fígado e dos órgãos do entorno, como gânglios e o canal biliar extra- hepático. Quando os canais biliares comprometidos estão fora do fígado e se aproximam do pâncreas, é feita uma cirurgia para remoção de parte do pâncreas e do canal biliar extra-hepático (duodeno-pancreatectomia).

A quimioterapia é bastante utilizada no tratamento do colangiocarcinoma: no pós-operatório, para prevenir o surgimento de outras células doentes, ou como tratamento paliativo, nos casos em que há metástases e não é possível fazer qualquer cirurgia. Vale lembrar: o diagnóstico precoce do câncer dos ductos biliares é fundamental para uma possível cura da doença e os tratamentos paliativos garantem uma sobrevida com mais qualidade aos pacientes.

Quais são os tratamentos disponíveis para o câncer biliar?

O uso de stents é comum nos pacientes diagnosticados com essa enfermidade: os tubos são inseridos nos ductos obstruídos, durante a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica permitindo que a bile volte a fluir. Esse procedimento alivia a coceira no corpo, o desconforto e a dor abdominal, mas não elimina as células cancerígenas.

Dependendo do estágio da doença e das condições físicas do paciente, pode ser feita uma cirurgia para retirada do tumor. A região onde ele está localizado determina como será a ressecção. Normalmente, retira-se parte do fígado e dos órgãos do entorno, como gânglios e o canal biliar extra- hepático. Quando os canais biliares comprometidos estão fora do fígado e se aproximam do pâncreas, é feita uma cirurgia para remoção de parte do pâncreas e do canal biliar extra-hepático (duodeno-pancreatectomia).

A quimioterapia é bastante utilizada no tratamento do colangiocarcinoma: no pós-operatório, para prevenir o surgimento de outras células doentes, ou como tratamento paliativo, nos casos em que há metástases e não é possível fazer qualquer cirurgia. Vale lembrar: o diagnóstico precoce do câncer dos ductos biliares é fundamental para uma possível cura da doença e os tratamentos paliativos garantem uma sobrevida com mais qualidade aos pacientes.

FONTES

¹ Vesícula biliar e vias biliares. A. C. Camargo Cancer Center. Disponível em: https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/vesicula-biliar-e-vias-biliares. Acesso em 15 nov. 2022.

² Instituto Vencer o Câncer - Câncer de Fígado: O que é? Disponível em: https://vencerocancer.org.br/tipos- de-cancer/cancer-de-figado-o-que-e/

³ Nature - Cholangiocarcinoma 2020: the next horizon in mechanisms and management. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41575-020-0310-z. Acesso em 15 nov. 2022

⁴ Nature - Cholangiocarcinoma 2020: the next horizon in mechanisms and management. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41575-020-0310-z. Acesso em 15 nov. 2022

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Outras Condições

O que acontece em cada estágio do câncer colorretal?

A avaliação da disseminação da doença, chamada de estadiamento, vai de 1 a 4 e classifica tanto a extensão como o tipo de tumor. Saber disso é fundamental para o tratamento

Todo tumor que apresenta um crescimento anormal de células é denominado neoplasia. Daí, para que esse achado se transforme em um câncer e assuma seu potencial maligno, é preciso que essas novas células atinjam a capacidade de invadir o tecido onde surgiram e se espalhem pelo corpo, em um mecanismo denominado metástase1.

“Uma vez diagnosticado o câncer por meio da biópsia, também é possível analisar o grau de sua disseminação pelos vasos sanguíneos e linfáticos. O próximo passo, então, é realizar o estadiamento desse tumor maligno, por meio de uma avaliação completa do corpo do paciente para avaliar a real extensão do acometimento do câncer”, explica Mauro Donadio, oncologista especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos da Oncoclínicas São Paulo.

É importante esclarecer que cada tipo de câncer tem sua forma natural de estadiar, ou seja, de se disseminar, mas no caso específico do câncer colorretal (também chamado de câncer de intestino), esse processo se concentra nos linfonodos [as chamadas ínguas, que ficam próximas de onde surgiu o tumor] e órgãos como fígado e pulmão, principalmente. “Por essa razão, realizamos exames de imagem, como tomografias, com certa frequência, para avaliar o abdômen completo e a pelve, além do pulmão”, detalha o médico.

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Conheça cada estágio do câncer colorretal?

A partir dessas avaliações o câncer colorretal pode ser dividido em quatro estágios ou estádios2 . São eles:

  • Estágio 1 Essa primeira classificação é dada a uma lesão local e pequena, que não invadiu todas as camadas do cólon (intestino grosso) ou outro local onde ela surgiu.
  • Estágio 2: A lesão ainda é localizada, mas com maior profundidade de invasão na parede do intestino.
  • Estágio 3: A lesão saiu de seu local inicial e já acomete os linfonodos da região intestinal.
  • Estágio 4: Nessa fase, são localizadas lesões distantes do tumor original, normalmente atingindo fígado, pulmão ou peritônio, a membrana que envolve os órgãos.

Um ponto preocupante é que, embora os diagnósticos atualmente sejam feitos de forma mais precoce, a descoberta do câncer em estágios mais avançados ainda é predominante - especialmente em pacientes mais jovens. “O que estamos observando é pessoas entre 20 e 49 anos recebendo o diagnóstico com a doença mais avançada, em estágios 3 ou até 4, quando o risco de recidiva [de o câncer voltar] ou de óbito é maior. Daí a importância do rastreio e do exame de colonoscopia sempre que notar algo diferente”, alerta Donadio.

Quer saber mais sobre câncer colorretal?

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1 O que é câncer? Instituto Nacional de Câncer (INCA).

2 Prognóstico para câncer colorretal Tumores do trato gastrointestinal. Manual MSD Versão para profissionais de Saúde.

ATENÇÃO: A lei restringe a venda destes dispositivos a médicos ou mediante prescrição médica. As indicações, contraindicações, advertências e instruções de uso podem ser encontradas na etiqueta do produto fornecida com cada dispositivo ou em www.IFU-BSCI.com. Os produtos mostrados apenas para fins INFORMATIVOS e a venda pode não ter sido aprovada em alguns países. Este material não se destina ao uso na França. 2023 Copyright © Boston Scientific Corporation ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

ATENÇÃO II: Este material é apenas para fins informativos e não para diagnóstico médico. Esta informação não constitui aconselhamento médico ou jurídico, e a Boston Scientific não faz nenhuma representação em relação aos benefícios médicos incluídos nesta informação. A Boston Scientific recomenda fortemente que você consulte seu médico em todos os assuntos relativos à sua saúde

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Um tumor silencioso: o que é e como detectar o câncer de fígado

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Um tumor silencioso: o que é e como detectar o câncer de fígado

A perda de peso, a ascite e a icterícia são sintomas da doença ou indicam outros problemas hepáticos?

Localizado no lado direito do abdome superior, escondido pelas costelas, está o fígado: o maior órgão sólido do corpo humano. Além do tamanho, sua grandeza está em seu papel para o bom funcionamento do organismo.

Graças ao fígado, nutrientes como carboidratos e gorduras são sintetizados, armazenados corretamente e viram energia para ser gasta pelo corpo. Outra ação importante - e mais conhecida - é a fabricação da bile e de certos componentes do sangue - tais como fatores de coagulação, além, claro, de colaborar para a eliminação correta de fármacos ou substâncias tóxicas ingeridas1.

Por tudo isso, o diagnóstico de câncer de fígado é bastante assustador.

Por que o câncer de fígado surge?

Assim como em outros tipos de tumor, o câncer de fígado ocorre quando suas células sofrem mutações na parte do DNA que controla justamente o crescimento e a divisão celular. “Estas mutações podem fazer com que as células se dividam de maneira descontrolada e formem uma massa de tecido (um tumor). Dentre os vários tipos de tumores que acometem o fígado, o Carcinoma Hepatocelular (CHC) surge especificamente dos hepatócitos ,a principal célula desse órgão”, explica Felipe José Fernández Coimbra, cirurgião oncológico, professor High Continuum Education e Head do Núcleo de Tumores Gastrointestinais do A.C. Camargo Cancer Center.

No caso relatado, o câncer de fígado é primário. Mas ele também, pode se desenvolver como resultado de metástases de câncer oriundas de outros órgãos, o que é conhecido como câncer de fígado secundário ou metastático.

Como detectar o câncer de fígado?

Normalmente, o diagnóstico é feito a partir de uma combinação de exames físicos, de sangue e de imagem. “Uma das ferramentas é o exame de sangue que avalia os níveis da alfafetoproteína (AFP), uma proteína que frequentemente se eleva na presença do câncer de fígado. Mas, chamo atenção para o fato de que isso acontece não apenas neste tipo de tumor, pois a AFP pode aumentar até em situações benignas”, pondera Coimbra.

Já exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são usados para visualizar o fígado e identificar quaisquer massas suspeitas. Há casos em que uma biópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico, o que implica a retirada de uma pequena amostra de tecido para exame ao microscópio.

Tem ou não tem sintoma?

O médico ressalta que o câncer de fígado, especialmente nos estágios iniciais, muitas vezes não apresenta sintomas específicos que indicam uma investigação diagnóstica. Isso porque tais sinais, quando existentes, podem ser vagos e facilmente confundidos com outras condições de saúde.

Ainda assim, os sintomas iniciais e gerais do câncer de fígado podem incluir2:

  • Perda de apetite ou sensação de saciedade precoce.
  • Perda de peso inexplicada.
  • Fadiga e fraqueza.
  • Dor abdominal ou desconforto do lado direito, onde está localizado o fígado.
  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).
  • Inchaço do abdome (ascite).
  • Fezes de cor clara e urina escura.
  • Náuseas e vômitos.

“Qualquer pessoa que experimente esses sintomas deve procurar atendimento médico imediato para uma avaliação adequada. A detecção precoce e o tratamento oportuno do câncer de fígado podem melhorar significativamente os resultados e a qualidade de vida dos pacientes”, deixa claro Coimbra.

Outras doenças com sintomas parecidos

Como os sintomas iniciais e gerais do câncer de fígado são inespecíficos, podem se confundir com várias outras condições clínicas. Entre elas, o especialista destaca:

1. Condições gastrointestinais: Gastrite, úlcera péptica, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e síndrome do intestino irritável (SII) são algumas das doenças que também provocam sintomas como perda de apetite, náuseas, vômitos e desconforto abdominal.

2. Doença hepática alcoólica ou doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA): Essas condições específicas podem causar dor no lado direito superior do abdome, perda de apetite e fadiga, por exemplo.

3. Hepatites: Hepatites virais, como as do tipo B e C, podem causar sintomas semelhantes ao de um tumor e ainda aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de fígado.

4. Doenças metabólicas ou nutricionais: Desnutrição ou doenças metabólicas são outros quadros que levam à perda de peso e fadiga, o que pode confundir o diagnóstico.

5. Quadros biliares: A icterícia, uma manifestação que provoca o amarelamento da pele e dos olhos, também pode ser um sintoma de problemas na vesícula biliar ou nos ductos biliares, como cálculos biliares ou colangite.

6. Doenças sistêmicas: Por fim, o hipotireoidismo é outra condição que pode apresentar sintomas como fadiga e ganho de peso inexplicado.

Quer saber mais sobre o diagnóstico do câncer de fígado e como se prevenir? Acesse nossa página de especialidade e confira tudo que você precisa para cuidar da sua saúde.

1 Estrutura e função do fígado. Manual MSD - Versão para Profissionais de Saúde. Acesso em junho de 2023.

2 Tipos de câncer: fígado. AC Camargo. Acesso em junho de 2023.

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Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

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Transtornos alimentares e obesidade: entenda essa relação

Quando o ato de se alimentar provoca angústia, medo de engordar ou leva ao sobrepeso, não é saudável. Pelo contrário, pode indicar um transtorno alimentar que precisa de cuidado e atenção médica

Não há quem não se preocupe com o peso equilibrado e a aparência saudável. Entretanto, quando esse cuidado é exagerado e provoca distorções da autoimagem, pode ser caracterizado como um transtorno alimentar.

Bulimia nervosa, anorexia nervosa e compulsão alimentar são doenças que alertam especialistas no mundo todo, pois impactam a saúde física e mental dos indivíduos. “Os transtornos alimentares tendem a ser condições persistentes, acompanhadas de sequelas físicas e psicossociais, e os quadros mais graves são de difícil recuperação e, algumas vezes, levam ao óbito”, comenta o psiquiatra José Carlos Appolinário, coordenador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), que faz parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem com algum transtorno alimentar e a população jovem é a mais acometida: cerca de 10% dos jovens são diagnosticados com alguma dessas enfermidades1. No mundo, são 70 milhões de pessoas neste grupo2.

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Um desequilíbrio delicado

“Os transtornos alimentares (TAs) são caracterizados pelo comprometimento persistente da alimentação ou do comportamento alimentar que resulta no consumo alterado de alimentos, prejudicando a saúde física e psicossocial do indivíduo. Além dessa mudança, ainda é possível perceber outras manifestações nesses pacientes, como alterações na percepção da imagem corporal e problemas com a autoestima”, explica Appolinário. Os TAs mais conhecidos são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar:

  • Anorexia nervosa (AN): os pacientes com esse distúrbio apresentam baixo peso corporal, restrição alimentar, medo de engordar, supervalorização de seu peso e/ou forma e distúrbio da imagem corporal.
  • Bulimia nervosa (BN): nesse quadro, além do medo de engordar e de uma autopercepção do corpo distorcida, há a presença de episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso, como vômitos autoinduzidos e jejum, além de uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma do corpo ou pelo peso.
  • Compulsão alimentar (TCA): quem sofre com essa síndrome apresenta episódios de compulsão alimentar, nos quais uma grande quantidade de alimentos é ingerida, mas não há os comportamentos compensatórios inadequados para controle do peso observados na bulimia nervosa. Esses pacientes, que tendem a apresentar obesidade e sobrepeso, após se alimentarem sem controle, costumam se sentir ansiosos, constrangidos e culpados.

Obesidade, o outro prato da balança

Embora seja uma doença crônica, progressiva e tida como epidemia global pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade não é considerada um transtorno alimentar, apesar de alguns obesos apresentarem algum tipo de TA associado. Essa enfermidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal provocado pela alta ingestão de calorias (mais do que necessitamos para realizar as tarefas rotineiras, como comer, andar, trabalhar, praticar atividades físicas e até dormir) por meio da alimentação.

Se os pacientes com anorexia e bulimia sofrem com o medo de engordar – e esses distúrbios têm como fatores de risco a predisposição genética para transtornos psiquiátricos e traços de personalidade, como perfeccionismo e introversão, além da influência de fatores sociais como a imposição de determinado padrão de beleza3 – os obesos sofrem com o peso extra, cujas causas são genéticas e ambientais. “A hereditariedade pode influenciar no sobrepeso, mas, hoje em dia, o sedentarismo e a adoção de uma alimentação rica em ultraprocessados, com alto índice de gorduras e açúcares, são causas que têm provocado o aumento de casos de obesidade”, comenta o especialista.

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O tratamento é indispensável

Nem sempre é fácil procurar ajuda quando algum transtorno alimentar ou a obesidade está instalada. Não raro, pacientes e familiares demoram para perceber a gravidade do problema e que precisam de ajuda médica, normalmente de uma equipe multidisciplinar, pois acreditam que podem cuidar dessas enfermidades sozinhos; negam a gravidade da patologia; e têm dificuldade de identificar os sintomas, que podem ser confundidos com os de outros doenças, como anemia, estresse, depressão etc.

Entretanto, segundo Appolinário, os TAs, bem como a obesidade, precisam ser acompanhados de perto por profissionais especializados, com apoio médico, nutricional e psicológico. “São condições que podem comprometer vários aspectos da vida do paciente, provocando ainda outras doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e de personalidade. Por isso, aos primeiros sinais de que algo não vai bem, vale a pena procurar ajuda”, finaliza.

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Serviço

Se você procura tratamento para a obesidade, transtornos alimentares ou quer mais informações para melhorar seus hábitos de vida, consulte:

Ambulim

Centro de Tratamento de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq - USP)

https://gota.org.br/

(11) 2661-6975

[email protected]

GOTA

Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, parte do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), do Rio de Janeiro.

https://gota.org.br/

(21) 3938-0500 Ramal 238

https://gota.org.br/#contato

Disque Saúde

Ligue para 136 e peça informações sobre os serviços de apoio aos transtornos alimentares na sua região

Guia Alimentar para a População Brasileira

Clique aqui e acesse o documento com dicas para perder peso de forma mais saudável

Quer saber mais sobre obesidade e emagrecimento saudável? Veja esse artigo: Reganho de peso, é possível evitar

1 SAIBA mais sobre os transtornos alimentares. Associação Brasileira de Psiquiatria. Disponível em: https://www.abp.org.br/post/saiba-mais-sobre-os-transtornos-alimentares Acesso em: 2 out. 2023.

2 MAIS de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/mais-de- 70-milhoes-de-pessoas-no-mundo-possuem-algum-disturbio- alimentar#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20Associa%C3%A7%C3%A3o,bulimia%2C%20compul s%C3%A3o%20alimentar%20e%20outros. Acesso em: 2 out. 2023.

3 MORGANA, Christina M.; VECCHIATTIA, Ilka R.; NEGRÃO, André B. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Revista Brasileira de Psiquiatria, n. 24, supl. III, p. 18-23, dez. 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700005. Acesso em: 2 out.2023.

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Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

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Câncer de pâncreas: como lidar com as consequências

A doença pode acarretar em diabetes, dor abdominal intensa e icterícia. Saiba agora como esses sintomas são manejados durante o tratamento

O fato de uma pessoa ter diabetes de longa data aparece na lista das prováveis causas para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Hoje, no entanto, o diabetes mellitus tem sido aventado mais como uma consequência desse tipo de neoplasia do que uma causa propriamente dita. “A visão mais recente indica que a resistência insulínica, a hiperinsulinemia (excesso de insulina no corpo) e o metabolismo disfuncional da glicose sejam efetivas causas do câncer pancreático1”, conta Vinicius Lorandi, médico oncologista clínico com ênfase em tumores de pulmão e gastrintestinais e experiência em tratamento com quimioterapia intra-arterial, com atuação no Hospital Mãe de Deus (RS) e no Grupo Oncoclínicas.

Sendo assim, o tratamento do diabetes com o uso de insulina se soma a outras ações terapêuticas que precisam ser tomadas para lidar com as consequências do DEVON CARTER. MD Anderson Cancer Center. Sep. 2021

crescimento de um tumor de pâncreas. Tudo para aumentar o conforto e a qualidade de vida deste paciente.

“Entre essas consequências está a icterícia causada pela obstrução das vias ou canais biliares, que pode ser manejada com drenagem, seja ela feita por meio de stents endoscópicos, por drenagens externas guiadas por imagem e até de forma cirúrgica, com derivação biliar”, cita o médico oncologista.

Já a dor abdominal, bastante comum em casos de neoplasia avançada, costuma ser causada por invasão nervosa do plexo celíaco (rede nervosa de parte do sistema digestório), que fica localizado muito próximo ao órgão, conta Lorandi. “Em casos selecionados, podemos lançar mão de procedimentos guiados por imagem, que "destroem" a capacidade desses nervos de transmitir dor”, finaliza.

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