Estimulação da Medula Espinhal: o último recurso para tratar a dor crônica neuropática

Sistema Nervoso

Conheça a jornada do paciente até chegar à indicação da cirurgia para implante de um neuromodulador, capaz de aliviar a dor e trazer de volta a qualidade de vida

A dor crônica não dá descanso. Em busca de uma melhora significativa para o desconforto e para recuperar a qualidade de vida, o paciente começa uma jornada de consultas médicas, exames e tratamentos até chegar no momento de considerar a cirurgia para implante do dispositivo de Estimulação Medular. Conheça o caminho.

A jornada do paciente com dor crônica em cinco passos

  • 1. A busca por conselhos - de leigos. O paciente com dores crônicas geralmente começa sua jornada procurando conselhos de familiares e amigos sobre formas de aliviar a dor, muitas vezes, optando por automedicação. “Hoje também é comum buscar informações na internet”, lembra Felipe Mendes, médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e especialista em procedimentos minimamente invasivos da coluna vertebral.
  • 2. Primeira visita ao serviço de emergência. Sem observar melhora ou percebendo que a dor torna-se mais intensa, a pessoa procura ajuda médica em serviços de urgência. “Nesta etapa, alguns exames podem ser realizados e é proposto um tratamento baseado em controle de sintomas com analgésicos”, explica Mendes. O especialista aponta que alguns pacientes já podem ser encaminhados para consultas ambulatoriais com clínicos ou ortopedistas mais generalistas.
  • 3. Tratamentos complementares “Algumas terapias costumam ser indicadas nessa primeira fase do tratamento, entre elas fisioterapia, acupuntura e orientações para mudanças nos hábitos de vida”, reforça o neurocirurgião. “E a boa notícia é que muitas pessoas efetivamente melhoram. Porém, é importante ter muito cuidado nesse período, pois um quadro de dor aguda tratado incorretamente aumenta a chance de evolução para dores crônicas”, alerta.
  • 4. Quando a dor vira crônica. Uma parcela de pessoas não vai melhorar, mesmo com o uso de analgésicos e terapias complementares. “Esses vão necessitar da ajuda especializada de um profissional focado em dores, como um neurocirurgião especialista em coluna, por exemplo”, diz Mendes.
  • 5. A consulta com o médico da dor. Médicos especialistas em dores, quando recebem esses pacientes, costumam avaliar toda a jornada até ali para garantir que cada etapa do tratamento foi feita de forma adequada. Só depois disso são propostos novos tratamentos, como o uso de bloqueios ou infiltrações com anestésicos e corticoides - técnicas minimamente invasivas e totalmente sem cortes - com possibilidade de trazer alívio rápido e duradouro. Se isso ainda não funcionar, o implante do dispositivo de Estimulação Medular pode ser sugerido.
  • 6. Procedimento cirúrgico para neuromodulação. Existem pacientes que, mesmo após tentar todas as técnicas convencionais para alívio da dor, simplesmente não melhoram. Para essas pessoas, há a possibilidade de avaliar a indicação para o implante do neuroestimulador: “O neuroestimulador é uma opção terapêutica de estimulação da medula espinhal que deve ser considerada quando outras abordagens não fornecem mais o alívio adequado. Essa técnica envolve a colocação de um dispositivo que emite sinais elétricos para interferir nas vias de transmissão da dor”, conta o neurocirurgião.

Como é a cirurgia - e o que esperar do pós-cirúrgico?

A cirurgia para implante do neuroestimulador é minimamente invasiva. “São feitos pequenos cortes e, portanto, a recuperação é rápida, com possibilidade de alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte”, explica Mendes. A partir disso, o paciente se recupera e se adapta em casa. “Logo após a colocação do dispositivo, o paciente passa por um período de ajuste das programações do neuroestimulador para otimizar o alívio da dor. Nessa fase, será monitorado de perto pela equipe médica, por meio de consultas de acompanhamento regular para ajustar os parâmetros da neuroestimulação”, conclui.

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