Fibrilação Atrial

A vida com Fibrilação Atrial

Se você ou alguém que você conhece foi diagnosticado com Fibrilação Atrial ou está procurando informações sobre prevenção do AVC, aqui está uma visão geral dos fatores de risco e diagnósticos disponíveis.
Foto com coração sendo diagnosticado

O que é a
Fibrilação Atrial

A Fibrilação Atrial é uma condição cardíaca comum, caracterizada por batimentos rápidos e irregulares do coração, e que afeta a capacidade do órgão de bombear sangue normalmente. Com isso, o risco de sofrer um acidente vascular cerebral ou outras doenças relacionadas com o coração é aumentado. A Fibrilação Atrial (F.A.) é o tipo de arritmia mais frequente na cardiologia.

Pessoas com Fibrilação Atrial têm em média 5 vezes mais chances de ter um AVC incapacitante5

Saiba mais

Assista a este vídeo e conheça os tipos de Fibrilação Atrial

Sintomas

Em muitos casos, não apresenta sintomas, porém, os pacientes sintomáticos podem sentir:

  • Pressão ou desconforto no peito.
  • Palpitações cardíacas (sensação de ritmo cardíaco acelerado).
  • Falta de energia.
  • Dificuldade em respirar durante atividades normais ou mesmo em repouso.
  • Sensação de tontura ou desmaio.

Se sentir algum destes sintomas, entre em contato com o seu médico assim que possível.

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Quais são os tipos de Fibrilação Atrial?

A fibrilação atrial é classificada em quatro tipos: paroxística, persistente, persistente de longa duração e permanente.

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Fibrilação atrial paroxística: dura menos de uma semana, pode ocorrer novamente e é revertida espontaneamente.

Fibrilação atrial persistente: dura mais de uma semana e geralmente requer tratamento farmacológico ou o uso de um desfibrilador.

Fibrilação atrial persistente de longa duração: dura cerca de um ano, mas com o uso de medicamentos ou desfibriladores é possível restaurar o ritmo normal.

Fibrilação atrial permanente: não responde bem às intervenções clínicas e a possibilidade de reversão espontânea é pequena. Tem uma prevalência de menos de 1% em pacientes abaixo de 60 anos e aproximadamente 10% após 80 anos.

Causas

Embora em alguns casos a causa da fibrilação atrial seja desconhecida, o motivo mais comum para esta condição é um dano ao coração. Os riscos aumentam durante o envelhecimento. Conheça mais alguns fatores causadores da doença:

  • Pressão alta: É uma doença comum na qual o sangue flui nos vasos sanguíneos ou artérias com pressão acima do normal. Também é conhecida como hipertensão.
  • Ataques cardíacos: A maioria é causada por um coágulo que bloqueia uma das artérias coronárias, os vasos que transportam sangue e oxigênio para o coração. Se o fluxo sanguíneo é bloqueado, o coração sofre com a falta de oxigênio e as células cardíacas morrem.
  • Apneia do sono: É um transtorno comum em que a respiração é interrompida ou se torna muito superficial enquanto dormimos. Essas interrupções duram de alguns segundos a minutos e podem ocorrer mais de 30 vezes por hora.
  • Doença arterial coronária: Ocorre quando as artérias que fornecem o sangue ao músculo cardíaco tornam-se duras e estreitas. Isso acontece devido ao acúmulo de colesterol e outros materiais que formam placas na parte interna das paredes das artérias. Também conhecida como aterosclerose
  • Estresse: Situações que desencadeiam estresse, como jornadas longas e sobrecarga no trabalho, convívio com doenças prolongadas, problemas financeiros, familiares e insegurança, entre outros, levam à liberação dos hormônios cortisol e adrenalina, que aceleram os batimentos cardíacos e aumentam a pressão arterial.2
  • Doenças cardíacas hereditárias: As anormalidades genéticas geralmente estão relacionadas a arritmias (batimentos irregulares) ou cardiomiopatias (doenças do músculo cardíaco).
  • Infecções virais: Mais de 20 tipos de vírus diferentes podem causar inflamação no músculo cardíaco, porém essa complicação acontece em apenas 1% dos casos.3
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): É uma doença comum que torna difícil respirar e é causada principalmente pelo tabagismo. Quanto mais uma pessoa fuma, maior a probabilidade de desenvolver esta doença.
  • Estimulantes: Medicamentos, cafeína, tabaco e álcool também podem alterar o ritmo cardíaco.
  • Cirurgia cardíaca prévia: Em alguns casos, estas intervenções cirúrgicas podem alterar o ritmo natural do coração.
  • Hipertireoidismo ou outra doença metabólica:O hipertireoidismo é a hiperatividade da glândula tireoide, que resulta em altas concentrações dos hormônios tri-iodotironina e tiroxina, relacionados ao metabolismo, e calcitonina, que atua no controle da quantidade de cálcio na corrente sanguínea. Esse desequilíbrio acelera as funções vitais do corpo. Alguns de seus sintomas incluem perda inesperada de peso, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, irritabilidade e sudorese.

Fatores de Risco

Envelhecimento, maus hábitos de vida e condições prévias são fatores de risco não somente para fibrilação atrial, como também para AVC e outras complicações cardíacas.

Por isso, mantenha a pressão arterial controlada, coma de maneira saudável para evitar a obesidade e fique atento aos fatores hereditários: sua herança genética pode deixá-lo mais exposto ao risco de fibrilação atrial.

Qual é a relação entre fibrilação atrial não valvar e Acidente Vascular Cerebral (AVC)?

Como na Fibrilação Atrial seu coração não bombeia sangue normalmente, pode acontecer que as células do sangue se juntem e fiquem aderidas, formando coágulos em uma área do coração chamada apêndice atrial esquerdo (AAE). Se um coágulo de sangue escapar e viajar para outra parte do corpo, pode bloquear o suprimento de sangue para o cérebro e causar um acidente vascular cerebral (AVC).

Em média, as pessoas com Fibrilação Atrial têm cinco vezes mais risco de acidente vascular cerebral incapacitante do que as pessoas com ritmos cardíacos normais5.

Tratamentos

Existem vários tratamentos para a Fibrilação Atrial (F.A.) que ajudam a controlar sua frequência cardíaca, restaurar o ritmo cardíaco normal e/ou controlar a atividade elétrica do coração. Os tratamentos incluem:

  • Cardioversão elétrica: Nesse procedimento, realizado em ambiente hospitalar e com uso de anestesia, uma corrente elétrica de baixa voltagem e alta energia é enviada ao coração, para que retome seu ritmo normal.
  • Cirurgia com a técnica Cox-Maze: Nesse procedimento, o cirurgião faz diversas incisões e suturas atriais para retomar o ritmo do coração e permitir que os impulsos elétricos ativem todo o miocárdio atrial de forma homogênea.
  • Ablação: Este é um procedimento também realizado em ambiente hospitalar, feito por radiofrequência ou crioablação, em que se queima ou congela as veias pulmonares que são foco da fibrilação atrial, o que permite que o coração volte ao ritmo normal.
  • Medicamentos: Seu médico pode prescrever anti-arrítmicos, que são efetivos para restaurar o ritmo normal do coração em 50% a 60% dos pacientes. Porém, só podem ser utilizados depois que a frequência for controlada por um medicamento betabloqueador. Após o procedimento de cardioversão, o risco de formação de coágulos aumenta - portanto, recomenda-se o uso de anticoagulantes orais por 3 a 4 semanas após o episódio de fibrilação.
  • Marca-passo permanente: É indicado para pacientes com períodos de resposta ventricular baixa, com sintomas definidos de baixo fluxo cerebral e/ou insuficiência cardíaca.

Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo (OAAE): Embora os tratamentos possam aliviar alguns dos sintomas da Fibrilação Atrial, essa arritmia pode voltar sem que você perceba. O uso continuo de anticoagulantes orais por esses pacientes pode gerar efeitos colaterais como hemorragias. Por este motivo existem tratamentos alternativos, como a Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo (OAAE), que podem ajudar a retomar sua rotina, reduzindo o risco de AVC.

Saiba mais

Onde posso saber mais sobre
Fibrilação Atrial e prevenção de AVC?

Diversas organizações podem ajudar você e seus familiares a entender, tratar e conviver melhor com a fibrilação atrial. Saiba mais sobre o assunto:

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas

MSD Manuals

Instituto Lado a Lado Pela Vida

Heart Failure Matters

Saiba mais sobre AVC

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